Fotoenvelhecimento da pele

Desencadeado pela interação com fatores ambientais, especialmente exposição à radiação UV, o envelhecimento extrínseco (ou fotoenvelhecimento) tem características que o diferencial do envelhecimento cronológico da pele. A radiação mais associada ao processo é a UVA, também utilizada em câmaras de bronzeamento artificial. Embora tenha comprimento de onda mais curto, ela atinge mais profundamente a derme do que a radiação UVB.

Ao penetrar a derme, os raios UVA danificam as fibras de colágeno, o que leva a uma produção de elastina anormal, que por sua vez resulta na produção das enzimas metaloproteinases. Essas enzimas, que reconstróem o colágeno danificado, geralmente acabam operando mal e, assim, degradam ainda mais o colágeno, o que resulta em uma pele “reconstruída” de forma incorreta.

Enquanto na juventude a cútis consegue corrigir naturalmente as alterações provocadas pelo Sol, na maturidade já não é mais possível reverter esses danos. Assim, conforme o tempo passa a pele incorretamente reconstruída forma rugas e adquire um aspecto “curtido”, apresentando manchas e lesões pigmentadas. E como a exposição ao Sol tem efeito cumulativo, o dano causado pelos excessos cometidos na infância e adolescência, estima-se que recebemos 80% de toda a radiação solar da vida até os 18 anos, que só serão percebidos muito tempo depois.

A pele fotoenvelhecida difere significativamente da pele que enfrentou apenas o envelhecimento cronológico. Enquanto a pele envelhecida pela passagem do tempo apresenta textura mais lisa, ligeiramente atrofiada, com rugas discretas e sem manchas, a pele fotoenvelhecida tem superfície nodular áspera e espessa, repleta de manchas e de rugas acentuadas. Uma forma clássica de se atestar a extensão do fotoenvelhecimento é comparar o aspecto de uma parte do corpo mais exposta à radiação solar (como o rosto ou as mãos) e de outra mais protegida, como os seios ou as axilas. A diferença entre ambas é marcante.

Outro fator ambiental relacionado ao envelhecimento pele são os radicais livres, moléculas instáveis produzidas naturalmente pelo corpo durante o processo de queima de oxigênio, que tendem a se associar rapidamente a outras moléculas de carga positiva e oxidar. Quando em excesso, as moléculas podem provocar problemas de saúde e acelerar o processo de envelhecimento. Alguns fatores externos que contribuem para a produção de radicais livres são:

Consumo excessivo de álcool
Estress
Poluição
Cigarro
Alimentos industrializados ricos em gorduras saturada
Radiação UV

Assim, um estilo de vida saudável, com o controle do estress, a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada, rica em vegetais e alimentos antioxidantes – que conseguem reduzir a concentração de radicais livres – são práticas que, ao lado da proteção solar, contribuem decisivamente para prevenir o fotoenvelhecimento.



Fonte: SBDC

25
Apr 2013

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